9 de abr. de 2020

Desenvolver a Mediunidade

            


Faz um bom tempo que escrevo sobre este assunto, entretanto, apenas para o grupo fechado de trabalho mediúnico que faço parte. Resolvi ampliar mais, discutir mais sobre como mediunidade é uma faculdade natural que qualquer pessoa pode desenvolver, em especial no que toca à Umbanda, então posto a introdução deste trabalho, que é em forma de perguntas e respostas, que deve se tornar algo maior em breve. 



O que é mediunidade?

Mediunidade é a faculdade possuída por todos os indivíduos, em diferentes graus, como seres interdimensionais, de proporcionar o intercâmbio de energias, vibrações e comunicações entre tais dimensões. Somos todos médiuns, uma afirmativa muito verdadeira.
O ser humano está inserido em diversos planos distintos. Sua matéria está no mundo físico, o espírito desdobrado em dimensões espirituais. Como a interdimensionalidade dos corpos é inerente a todos, a mediunidade também o é.

A mediunidade é dom ou pode ser desenvolvida no decurso de uma encarnação?

Certamente que sim, a mediunidade pode ser desenvolvida. Se todos os demais atributos do ser humano, seja a inteligência, a memória, a saúde física, bem como a moral podem ser melhoradas no decurso de uma encarnação, nada mais lógico que a habilidade de mediar entre as realidades física e espiritual também o possa.
A palavra dom pressupõe algo que existe na essência do indivíduo e o faz exercer determinada atividade ou prática de forma mais fácil e de maneira superior às pessoas comuns. Tomada esta definição, não concordamos a ideia de dom para se referir a mediunidade. Não é dom e sim faculdade, habilidade. Existe em um nível inerente a cada pessoa, mas também pode ser desenvolvida, inclusive por se manifestar de diversos modos.

Qual a diferença de mediunidade para paranormalidade?

A mediunidade é o intercâmbio entre mundo físico e espiritual. Paranormalidade são habilidades humanas que fogem ao senso comum, ao que é esperado do homem médio. Poderíamos dizer que todo médium é paranormal, mas nem todo paranormal é médium, vez que o paranormal pode apenas manifestar energia mental em nível superior às pessoas comuns ou fazer a mediação, mas não entre mundo espiritual e físico e sim mental e físico.

Que tipos de mediunidade se trabalha na Umbanda?

A Umbanda trabalha principalmente com a mediunidade de incorporação. Tal forma de manifestação mediúnica é tão presente que muitos pensam ser a única trabalhada, o que é um engano. Trabalhar na Umbanda de forma ativa exige um domínio de diversas formas de intercâmbios de forças e comunicações. Dentre outras manifestações, a Umbanda lida com mediunidade de cura, clarividência, clariaudiência, psicografia, escrita intuitiva. Nem sempre são desenvolvidas e trabalhadas individualmente, mas despertam se aprimoram com o esforço constante e a dedicação na melhora das próprias habilidades, bem como na melhora moral e espiritual.

Quem pode desenvolver?

Qualquer pessoa pode desenvolver, é recomendável apenas que se procure ter consciência dos próprios limites e não se force a alcançar nenhum nível em nada por comparação aos outros ou quaisquer outros motivos que não sejam o simples desejo de ajudar ao próximos. Principalmente quando se trata de mediunidade de incorporação, pelos mais diversos motivos, tal mediunidade pode não ser adequada e até mesmo não ser possível de ser desenvolvida por determinada pessoa em determinado momento ou determinada vivência terrena. O que não impede que outras mediunidades possam ser desenvolvidas. O médium na Umbanda deve sempre ser visto, e ver a si próprio, como um instrumento da espiritualidade maior. Nem mais, nem menos. Se deseja dedicar-se à mediunidade, ponha-se à disposição dos benfeitores espirituais e estes irão guiá-lo para a forma de trabalho na qual será mais útil.

O que é desenvolvimento mediúnico?

Dá-se o nome de desenvolvimento mediúnico ao conjunto de prática destinados a trabalhar a mediunidade. Seja no sentido de despertar - quanto esta encontra-se em nível praticamente imanifesto, seja no sentido de aprimorar - quando já se encontra com algum grau de ostensividade.










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