28 de jul. de 2020

Gatolicismo Compendium - Um Guia para a Religião dos Gatos



De alguma forma eu sabia que este momento haveria de chegar. Após vários volumes de gatolicismo, idéias maiores sempre ficavam fervilhando na mente e precisavam sair. Assim, lanço o sexto livro de Gatolicismo e o primeiro realmente em formato de livro. Evangelhos apócrifos, Sutras, evocações aos deuses felinos do antigo Egito Gatólicas e até o ritual completo do culto gatólico secreto, que não é mais secreto porque cada um pode ver.

Como todo livro completo, estou lançando lá no Clube de Autores, você pode comprar o seu clicando AQUI

O preço ficou um pouco maior que o normal, porque coloquei para ser impresso em papel do tipo pólen (aquele amarelinho), isto porque eu acho esse papel mais bonito e quero o meu impresso nele. Porém, como todos os meus livros, ninguém é obrigado a comprar, porque também disponibilizo aqui os links para baixar nos formatos:


PDF

e

EPUB


Espero que todos sejam gatolicamente abençoados com esta leitura.

Ave gato.

Ian Morais.



20 de mai. de 2020

Direita e Esquerda na Umbanda



A DIREITA NA UMBANDA


A direita é a face mais conhecida da Umbanda. É nela que estão as entidades que são os símbolos mais conhecidos da religião. Existem três linhas principais na direita tradicionalmente e elas formam uma trindade Umbandista, são um tripé sobre o qual a religião está assentada: Pretos-velhos, Caboclos e Erês. 
A trindade preto-velho/caboclo/erê representa, respectivamente a sabedoria, a força e a pureza. Representam, ainda, um aspecto tríplice da missão da direita na Umbanda: ensinar, carregar e purificar. 

A Sabedoria -  Pretos-Velhos


O Umbandista está sempre em busca da sabedoria e tal virtude é simbolizada nos mais velhos, que já viram de tudo e podem nos aconselhar sobre quais caminhos são melhores de percorrer no mundo. As entidades que trabalham nas linhas de preto-velho estão entre as mais experientes, elevadas espiritualmente e sábias que baixam em um terreiro. São tratadas com atenção especial pelas outras entidades porque assim como no físico, no astral também é ensinado a ouvir os que viveram mais e sabem mais do que nós. Representar o ensinar na Umbanda por motivos óbvios, a detenção de grande conhecimento e sabedoria. 

A Força - Caboclos

Os Caboclos são a mais expressão da presença ameríndia na Umbanda. Caboclo é imediatamente identificado como índio, embora nem todos o tenham sido. São representantes da força, trazem a energia bruta da direita, a força das matas, dos rios, das pedreiras para vibrar na Umbanda e ajudarem os necessitados que acorrem aos terreiros em busca de auxílio. Representam o carregar porque sua simples presença exala energia pura dos pontos de força. 

A Pureza - Erês



Jesus Cristo dizia que quem não se fizer como as crianças não poderá adentrar no reino dos céus. Significa que a pureza de espírito é indissociável da evolução espiritual. A função das crianças é trazer a pureza, trabalhar o emocional tirando os estresses, as preocupações, as dores do espírito. Nos levar à nosso eu mais leve, mais puro. Não é à toa que seus instrumentos de trabalho, os doces, costumam aliviar até mesmo os maiores estresses ou preocupações. Embora, tais como os doces, não podemos querer apenas a pureza dos Erês. É preciso da sabedoria dos preto velhos para entender a vida e a força dos caboclos para não desistir dela. A grande diferença dos erês como representação da pureza é que a energia pura pode penetrar em qualquer espaço, então é característica das crianças a possibilidade de viajar entre diferentes vibrações, razão pela qual é muito comum essas entidades darem recado das outras aos seus médiuns. 

Um médium de Umbanda dificilmente não possuirá ao menos uma entidade de trabalho em uma das 3 linhas citadas acima. São elas as grandes propulsoras da sabedoria, da força e da inocência, todas essenciais para o desenvolvimento espiritual e pessoal. 



A ESQUERDA NA UMBANDA


A esquerda da Umbanda é o grande pólo de equilíbrio, é a corda que segura a lona de pé para que o circo possa fazer seu espetáculo. Existem diversas linhas de entidades que trabalham na esquerda, descarregando e protegendo os trabalho. Entretanto, tal como na direita, é possível fazer uma divisão básica das linhas elementares. 

Exu: Grande guarda dos trabalhos, responsável por manter as coisas ruins de fora de uma corrente. Grande conhecedor das artes negras para que possa combatê-las. Exu é o pólo masculino da esquerda. Ele vibra combatendo a energia dos vícios ligados à energia masculina, a agressividade, a violência, o desregramento financeiro, a falta de foco para o trabalho e o sexo desregrado. 

 Bombogira: Muitas vezes considerada um Exu feminino, pela confusão normalmente feita entre suas funções. Bombogira combate os excessos ligados à energia feminina fazendo par com exu, o desequilíbrio emocional, a passividade doentia, desregramentos financeiros e sexuais. 

Em regras gerais, de forma simplista, podemos dizer que Exu lida com problemas materiais e Bombogira com os emocionais, mas é apenas uma divisão grosseira para que se entenda que cada um tem seu papel. A verdade é que os papéis são similares, porém complementares, um não substitui o outro. Por tal razão, todo médium de trabalho possui um casal dessas entidades que trabalham junto consigo auxiliando. 


Exu-mirim e Bombogira-mirim: São as crianças da esquerda. Tal como as crianças da direita, representam pureza, no entanto, trabalham nas zonas de maior densidade psíquica. Sua função de forma simbólica é proteger a pureza da corrupção, enquanto a dos erês é elevar a pureza. Na prática, são entidades que por transitarem com facilidade entre os os níveis vibracionais, podem levar mensagens e força para que o trabalho dos Exus e Bombogiras seja realizado, servindo de ponte entre a força dos guardiões e a mãos trabalhadoras dos benfeitores da esquerda. Por tal razão, não é necessário que um médium tenha um casal formado por Exu-mirim e Bombogira-mirim. Assim como no caso dos Erês, é possível ter um masculino e outro feminino, dois masculinos, dois femininos ou tantos quantos a espiritualidade julgue necessários, sejam de quais sexos forem, inclusive nenhum, pois não é linha de trabalho cuja incorporação se faz imprescindível.

Essas são as linhas mais tradicionais, com exceção dos últimos, exu e bombogira mirim, que não são vistos em toda parte. Embora existam outras correntes de trabalhadores astrais na Umbanda, começar falando apenas sobre estas é uma ótima forma de mostrar como a religião funciona no astral. Em outro post falaremos de outras linhas de trabalho da esquerda e da direita.
Créditos das imagens: pixabay.

3 de mai. de 2020

Iniciação à Umbanda - Resenha de Livro



Sabem aqueles livros antigos que você do nada descobre que saiu uma edição novíssima e você não pode perder? Foi assim com o livro Iiniciação à Umbanda, de Dandara e Zeca Ligiero. 

Se trata de um volume lançado inicialmente no ano 2000, eu conhecia o autor por outro livro dele chamado Iniciação ao Candomblé, que achei muito didático e instrutivo. 

Este relançamento não possui mudanças no texto, apenas adaptação ao novo acordo ortográfico, o que é interessante porque você saberá como a obra era tal e qual, porém, também tem seus pontos negativos porque o autor pode ter estudado muito mais coisas, adquirido mais conhecimentos e acaba por não atualizar.

Enfim, a Editora Pallas está de parabéns pelo trabalho, é primoroso e luxuoso, a capa super confortável de pegar. Infelizmente identifiquei um pequeno erro na pag. 156, faltou colocar o título do tópico destinado aos preto-velhos, mas nada que desmereça, vale a pena ter na estante. 

Sobre o conteúdo do livro em si, me surpreendeu a profundidade da pesquisa bibliográfica empreendida pelo autor. A gente espera um texto simples com tópicos genéricos de introdução à religião pelo título e recebemos um conteúdo de nível acadêmico, porém, com linguagem simples e acessível. 

O livro tem esse notável mérito de apresentar uma pesquisa com muitas fontes para o leitor. Diferente da maioria dos textos introdutórios onde o autor repassa sua visão pessoal, muitas vezes recebida de forma oral e o leitor acaba com várias ideias conflitantes na cabeça após ler vários livros de tradições diferentes. 

Pesquisas de estudiosos nacionais e internacionais vão sendo apresentadas enquanto conceitos complexos são exposto e você acaba com uma visão bem clara sobre muitos elementos da religião. 

O ponto alto do livro com certeza é a exposição que o autor faz da tradição Banto/Congo para a Umbanda e as religiões afrobrasileiras em geral, tradição tão menos conhecida que a Yoruba (que nos legou os orixás da Umbanda) mas que trouxeram o estilo de trabalho, a pemba, os pontos riscados, entidades como a Bombogira, dentre tantas outras coisas que o Umbandista comum muitas vezes ignora. 

Entretanto, a meu ver, ao chamar atenção para essa ignorância quanto à tradição Congo, o autor acaba por subestimar a herança indígena da Umbanda. Ele demonstra que muitas coisas que consideramos tipicamente indígenas já estavam presentes na tradição que os negros do antigo Reino do Congo trouxeram ao Brasil. Acontece que, como nordestino que sou e adepto de Umbanda e Jurema Sagrada, a herança indígena para mim é muito marcante, bem como para muitos adeptos que tem enorme carinho por entidades de Umbanda oriundas da Jurema, como a própria Cabocla Jurema, seu Zé Pelintra, Zé Sibamba, dentre outros. 

Considerando que o autor basicamente se dispõe à expor as entranhas da Umbanda carioca, não debruçando-se sobre as tradições nordestinas, é uma falha compreensível, ou sequer é uma falha, mas acho importante chamar atenção para tal ponto porque, eventualmente, um leitor desavisado pode considerar que Umbanda não tem nada de indígena porque o intercambio de práticas espirituais entre dos nossos índios com as outras raças se deu de forma mais forte no Norte e Nordeste que nas outras regiões do país. 

Também gera um pouco de incômodo o autor chamar de "mito" a clássica história da fundação da Umbanda por parte de Zélio de Morais, cuja linha de trabalho é chamada de "Umbanda Católica". Embora como tudo mais no livro seja racionalmente explicado, a gestação deste termo "Umbanda" se deu a partir do grupo formado por Zélio, se expandindo e sendo hoje como uma grande mãe onde diversas tradições com inclinações mais católicas, mais kardecistas, mais indígenas e/ou mais africanistas se reúnem sob um mesmo manto de amor.

Embora o próprio Zélio nunca tenha se proposto a ter qualquer propriedade sobre o termo Umbanda, nem o grupo espiritual que ele deixou, que existe até hoje conduzido pela sua família, nomes tem poder, portanto acho importante ressaltar que este nome foi criado ali naquele grupo, se expandindo e denominando dezenas de outros grupos diversos de modo que hoje não podemos reduzir Umbanda  a nenhuma tradição e se considerarmos a Umbanda tal qual é praticada, é impossível dizer que alguém fundou esta UMBANDA como um todo. Entendo que é a isto que o autor se refere, portanto, não há nenhuma má intenção na forma como ele expõe. Na verdade, ele está certo, se considerarmos que ele fala dessa universalidade que hoje temos. Da mesma forma que humildemente considero estar certo, e não estou sozinho nessa, em separar o joio do trigo dando a Zélio o que é de Zélio.

É isso, excelente dica de leitura, iniciei na noite de um dia e terminei na manhã seguinte. Deveria ter na biblioteca de todo Umbandista zeloso. A bibliografia cuidadosamente destacada com máximo zelo é um espetáculo a parte e abre a mente para novos horizontes caso o leitor queira se aprofundar em algum tópico específico. Foi o meu caso, já estou lendo outro livro, bem como assisti uma palestra para esclarecer pontos que o autor levanta e aguçou demais a curiosidade.

Por fim, eu sei que são dois autores, mas escrever tudo falando apenas autor facilita demais. Obrigado, então, aos autores, Dandara e Zeca Ligiéro por este primor, bem como à editora Pallas por relançar esta importante obra e ainda ter tanto zelo nos materiais, diagramação, tudo.










1 de mai. de 2020

Arruda - Como Usar para Proteção, Mal Olhado e Defesa Espiritual





Poucas plantas são tão conhecidas por suas propriedades espirituais como a arruda. Qualquer brasileiro sabe dizer na ponta da língua para que ela serve: proteger contra mal olhado. Mas não é só isso, dentro das tradições de benzeduras, catimbó, magia popular e etc a arruda possui múltiplos usos para proteger de energias negativas e também se livrar de tais energias quando já estamos contaminados. Compartilharei algumas coisas que aprendi em família e com benzedores pessoalmente, especialmente com minha mãe.

Primeiro, precisamos dizer como a arruda funciona espiritualmente. Esta planta atua como uma espécie de super esponja astral, tem a capacidade de puxar para si e dissolver todo tipo de energia negativa, miasmas, cáes, invejas, olho gordo e etc que estejam sobre nós. Ela é tão poderosa que atua inclusive diretamente sobre espíritos obcessores, porém não é especialmente recomendado tentar lidar com obcessão apenas usando arruda, explico: a arruda é um sabão espiritual, mal olhado, energias negativas e etc são como vírus e bactérias, tais seres são facilmente dissolvidos com sabão, entretanto, o espírito obcessor é como um animal peçonhento, uma aranha, rato ou cobra, tais seres vão se incomodar com o sabão, irritar as narinas, arder a boca e a pele, mas não irá matá-los, podendo apenas irritá-los ainda mais.

Entretanto, não precisa ter receio de usar a arruda, apenas quando se tratar de obcessão séria, que a planta, caso utilizada, o seja por alguém experiente nisso que não tentará apenas irritar os obcessores.

VAMOS ENUMERAR OS USOS DA ARRUDA:



1. Planta de estimação
A arruda é uma planta com elementais de grande sensibilidade, ótima para ser uma planta de estimação. Usamos esse nome porque ela é tão sensível, que é quase a mesma coisa de ter um PET. A arruda se apega ao seu dono, o protege naturalmente, uma vez que você cuide da sua arruda com carinho, qualquer energia negativa enviada a você afetará a planta. Ela será um ótimo termômetro para saber se você está bem ou não.
Detalhe: atente-se às suas energias, pois caso receba alguma carga muito poderosa, sua arruda morrerá, inclusive isto pode acontecer de forma instantânea. A arruda da a vida por você da forma mais natural possível, caso isso aconteça, o que não é raro (eu já perdi 3 arrudas assim), trate com o maior respeito, agradeça profundamente antes de descartar (de preferência na terra para que seja dissolvida respeitosamente). Não tenha problema em comprar outra muda da planta, os elementais dela já terão se acostumado com sua energia.
Nota: na cultura popular, é comum algumas pessoas terem o costume de esconder seu pé de arruda de estranhos, por estranho entende todo mundo tirando o dono. É uma excelente prática se você puder fazer, protege a sensível arruda de olhares estranhos e aumenta mais o laço único entre você e a planta.

2. Arruda no álcool
Esta é ótima para quem quer ter sempre à mão alguns benefícios da arruda mesmo sem ter a planta. Mesmo que você a tenha, eventualmente se ela morrer, é bom ter arruda dentro do alcóol, como se faz? Simples, compre um frasco de álcool normal, desses de limpeza, alguns galhos de arruda verde, peça licença à planta e mergulhe no frasco. A verde das folhas irá se transmitir para o álcool, aguarde sete dias e seu álcool de arruda já estará pronto para uso. Esta maravilha pode ser usada de várias formas:

I - Passar nos centros de força (chacras) para limpeza.
II - Passar nas frontes (os cantos da testa, podendo passar na testa toda também, à vontade) alivia dores de cabeça e trás profundo relaxamento.
III - Dissolver uma tampinha em 2 litros de água e faz um excelente banho de descarrego.
IV - Passar nas frontes e nos pulsos, descarrega rapidamente um médium que esteja com problemas (tonturas, vertigem) após incorporar ou entuar alguma entidade, fazer isso também ajuda caso um médium sinta um espírito negativo muito próximo e não tenha outros meios de afastá-lo.
V - Cheiras suavemente o frasco aberto insere no seu sistema respiratório a vibração elemental de cura e descarrego da arruda, aliviando por dentro o corpo e também trazendo benefícios (não exagerar nessa);

3. Proteger uma pessoa
Você pode manter uma arruda na sua casa mas dar ela simbolicamente à alguém,  ideal para quem tem um jardim grande e quer proteger filhos, pais, companheiros afetivos e etc. Terá praticamente os mesmos efeitos do item 1.

4. Benzimento
O benzimento com arruda é muito poderoso, inclusive exige alguns cuidados especiais. A planta irá absorver diretamente as vibrações negativas em ação sobre uma pessoa e, na medida em que faz isso, irá murchar, da mesma forma que uma esponja tem um limite de quanto irá limpar sem se tornar imunda também. Atente-se para o estado da arruda enquanto faz o benzimento, descartando-a quando escurecer demais ou murchar demais. Lave as mãos imediatamente após concluir a reza e descartar a arruda.

5. Benzedura com arruda para absorver energias negativas
Você vai precisar de: 1 copo americano com água; Nome e sobrenome seu ou da pessoa a ser limpada, de preferência com data de nascimento; 1 galinho de arruda verde.
Coloque o nome da pessoa dentro copo, encha com água e coloque o galho de arruda. Acenda uma vela pro anjo da guarda da pessoa ao lado, pedindo que pela força da arruda ela seja limpada de todo o mal. Tem a funcionalidade de um benzimento, deve ser usado para quem não sabe ou não se sente seguro de benzer de outra forma mas precisa ajudar alguém. Evite tocar no galho de arruda após a vela apagar, descarte-o imediatamente. O copo pode ser usado normalmente para qualquer fim, apenas deve ser lavado.

6. Sal com Arruda - Poderoso Elemento de Limpeza
Você pode pegar alguns galhos de arruda secos e um quilo de sal grosso. Pile ou macere as folhas para que fiquem como um pó ou pequenos fragmentos, elimine a parte do pau, fique apenas com as migalhas de folhas, misture com sal grosso na proporção de 200 gramas de folhas para um quilo de sal. Uma dica: caso você tenha uma arruda e ela morra, você pode pedir a licença daqueles elementais para preparar este sal, será especialmente poderoso se feito com

 Guarde num recipiente especial e pode ser usado, por exemplo, nas seguintes situações:

I - Defumação, faça as brasas e vá jogando o sal com arruda devagar, deixando a energia limpar o ambiente.
II -  Dissolva 3 pitadas deste sal em 2l de água e terá um excelente banho de descarrego.
III - Dissolva 7 pitadas para cada 5 litros de água e lave o chão da sua casa ou comércio para uma limpeza profunda, seguir essa limpeza com uma defumação de alecrim ou almécega (breu branco, almescla) para recarga e harmonia da casa. 
IV- Purifique objetos defumando-os com esta mistura.
V - Caso se sinta ameaçado por alguém, enfie o nome da pessoa num potinho com um pouco deste sal, para cortar todo tipo de energia negativa direcionado a você, pode ser ameaça física, espiritual e etc.
VI - Coloque um pouco desse sal em um pequeno frasco ornamental e mantenha em sua mesa de trabalho para proteção (podendo ficar oculto ou à mostra). 




10 de abr. de 2020

Saber, Querer, Ousar, Calar - Os pilares do templo mágico




Ser um mago é como tentar não pensar em trens. Se você conseguir, é melhor não parar para pensar que o fez, ou os malditos trens invadirão sua mente imediatamente. Se você pensa demais sobre como um mago ou como pode mostrar as pessoas que se tornou um, ficará cada vez mais longe deste estado. Isto se chama humildade (ou não ser um babaca), e nela se resume a máxima magística CALAR.

Ser um mago é não se limitar pelos outros. Não ache que o mago que da um curso, que escreve um livro, faz vídeos ou por algum motivo é mais exposto e reconhecido que você tem mais potencial apenas por isto. Não coloque aquele ocultista que você admira como o objetivo do seu caminho, as vezes ele está patinando mais que você para avançar no dele. Isto se chama auto confiança (ou não ser uma ovelha estúpida), e nela se resume a máxima magística OUSAR.

Ser um mago é conhecer a si mesmo. É entender que somos seres com múltiplas camadas, umas por vezes manipulando as outras, apenas compreendendo as profundezas do próprio eu o mago domina a si mesmo o suficiente para dominar energias exteriores si. Isto se chama VONTADE, e nela se resume a máxima magística QUERER.

Ser mago é também estudar para dedéu. Ler tudo que aparece pela frente e testar se funciona. Aprender na prática que alguns autores de grimórios são bastante zoeiros e colocam armadilhas no caminho para dissuadir os incautos. É colecionar conhecimento de todas as fontes, o que é falado dos mais experientes, as descobertas dos iniciantes, a sabedoria popular. Isto se chama CURIOSIDADE, e nela se resume a máxima SABER.

Você é um mago? Espere, não responda, isto realmente não tem importância alguma. Eu nem sei se sou um. Talvez eu seja, talvez não, melhor não tentar descobrir. Continue se esforçando, se quanto mais o tempo passar, menos você fizer ideia de como responder a pergunta, teremos aprendido algo muito importante.

9 de abr. de 2020

Desenvolver a Mediunidade

            


Faz um bom tempo que escrevo sobre este assunto, entretanto, apenas para o grupo fechado de trabalho mediúnico que faço parte. Resolvi ampliar mais, discutir mais sobre como mediunidade é uma faculdade natural que qualquer pessoa pode desenvolver, em especial no que toca à Umbanda, então posto a introdução deste trabalho, que é em forma de perguntas e respostas, que deve se tornar algo maior em breve. 



O que é mediunidade?

Mediunidade é a faculdade possuída por todos os indivíduos, em diferentes graus, como seres interdimensionais, de proporcionar o intercâmbio de energias, vibrações e comunicações entre tais dimensões. Somos todos médiuns, uma afirmativa muito verdadeira.
O ser humano está inserido em diversos planos distintos. Sua matéria está no mundo físico, o espírito desdobrado em dimensões espirituais. Como a interdimensionalidade dos corpos é inerente a todos, a mediunidade também o é.

A mediunidade é dom ou pode ser desenvolvida no decurso de uma encarnação?

Certamente que sim, a mediunidade pode ser desenvolvida. Se todos os demais atributos do ser humano, seja a inteligência, a memória, a saúde física, bem como a moral podem ser melhoradas no decurso de uma encarnação, nada mais lógico que a habilidade de mediar entre as realidades física e espiritual também o possa.
A palavra dom pressupõe algo que existe na essência do indivíduo e o faz exercer determinada atividade ou prática de forma mais fácil e de maneira superior às pessoas comuns. Tomada esta definição, não concordamos a ideia de dom para se referir a mediunidade. Não é dom e sim faculdade, habilidade. Existe em um nível inerente a cada pessoa, mas também pode ser desenvolvida, inclusive por se manifestar de diversos modos.

Qual a diferença de mediunidade para paranormalidade?

A mediunidade é o intercâmbio entre mundo físico e espiritual. Paranormalidade são habilidades humanas que fogem ao senso comum, ao que é esperado do homem médio. Poderíamos dizer que todo médium é paranormal, mas nem todo paranormal é médium, vez que o paranormal pode apenas manifestar energia mental em nível superior às pessoas comuns ou fazer a mediação, mas não entre mundo espiritual e físico e sim mental e físico.

Que tipos de mediunidade se trabalha na Umbanda?

A Umbanda trabalha principalmente com a mediunidade de incorporação. Tal forma de manifestação mediúnica é tão presente que muitos pensam ser a única trabalhada, o que é um engano. Trabalhar na Umbanda de forma ativa exige um domínio de diversas formas de intercâmbios de forças e comunicações. Dentre outras manifestações, a Umbanda lida com mediunidade de cura, clarividência, clariaudiência, psicografia, escrita intuitiva. Nem sempre são desenvolvidas e trabalhadas individualmente, mas despertam se aprimoram com o esforço constante e a dedicação na melhora das próprias habilidades, bem como na melhora moral e espiritual.

Quem pode desenvolver?

Qualquer pessoa pode desenvolver, é recomendável apenas que se procure ter consciência dos próprios limites e não se force a alcançar nenhum nível em nada por comparação aos outros ou quaisquer outros motivos que não sejam o simples desejo de ajudar ao próximos. Principalmente quando se trata de mediunidade de incorporação, pelos mais diversos motivos, tal mediunidade pode não ser adequada e até mesmo não ser possível de ser desenvolvida por determinada pessoa em determinado momento ou determinada vivência terrena. O que não impede que outras mediunidades possam ser desenvolvidas. O médium na Umbanda deve sempre ser visto, e ver a si próprio, como um instrumento da espiritualidade maior. Nem mais, nem menos. Se deseja dedicar-se à mediunidade, ponha-se à disposição dos benfeitores espirituais e estes irão guiá-lo para a forma de trabalho na qual será mais útil.

O que é desenvolvimento mediúnico?

Dá-se o nome de desenvolvimento mediúnico ao conjunto de prática destinados a trabalhar a mediunidade. Seja no sentido de despertar - quanto esta encontra-se em nível praticamente imanifesto, seja no sentido de aprimorar - quando já se encontra com algum grau de ostensividade.