30 de mai. de 2012

Como Combater o Mau Olhado – Nosso e dos Outros




O mau olhado, se fosse possível realizar seu estudo científico, seria certamente tido como um sério caso de saúde pública a nível mundial. Quando as religiões falam sobre amar ao próximo, não desejar as coisas alheias e coisas do tipo, não são apenas regras morais de conduta. São mais do que isso, são verdadeiros princípios para caminhar sobre o mundo sem atingir os outros com energias negativas.

A inveja é uma coisa super comum, por mais bonito ou rico que alguém possa ser, há sempre algo que essa pessoa desejaria. Ao desejar, concentramos nossa mente em algo e emitimos energia direcionada a esse algo. Isso também ocorre quando julgamos algo, se achamos uma criança feia, podemos estar emitindo energia negativa ligada ao nojo para ela. Se a achamos bonita, podemos estar emitindo energia negativa relacionada a admiração.

É uma tarefa para seres iluminados se livrar completamente de ser influenciado ou se influenciar os outros com tais energias. Enquanto não alcançamos esse patamar, há duas coisas que podemos fazer.

Para nos precaver de passar energia ruim para os outros devemos manter a mente com bons pensamentos, ter práticas espirituais e exercitar o desprendimento. Procurar nos concentrar mais em nossos projetos pessoais que em querer alcançar as mesmas conquistar dos outros. Enfim, é uma questão de exercitar a lei do amor. Só o amor combate o mau que existe dentro de nós, desenvolvendo o amor direcionado para todas as criaturas vivas estaremos protegendo-as de eventuais cargas negativas que pudéssemos direcionar.

Por outro lado, para nos proteger das energias negativas que os outros nos direcionam, Deus nos deixou as práticas de defesa mágica. Dentre elas a que ressalto aqui é o benzimento, uma forma de usar a força de fé e as energias da natureza para anular as más influências que sofremos dos outros.

27 de mai. de 2012

A Arte das Rezas Antigas, Benzimentos e Benzeduras





“Deus foi quem te fez.
Deus foi quem te Criou. 
Deus é quem te cura.” 
Versos comuns em rezas usadas por vários rezadores

Tenho o objetivo de escrever algumas postagens ensinando benzimentos, estando desde já criado um marcador especialmente para tal fim. Entretanto, antes de entrar na parte prática, como este blog também é voltado para a teoria, falarei um pouco sobre a teoria das rezas e benzeduras. Decidi usar perguntas e respostas por achar uma forma bastante didática de expor o assunto.

  1. O que são rezas e benzimentos?


São orações, acompanhadas de certos elementos rituais (como o uso de ramos, águas agulhas e etc) voltados a invocar a energia divina para agir sobre determinado alvo. Poderia ser feita uma separação, as rezas serem apenas orações e os benzimentos serem acompanhados de elementos rituais, porém, pessoalmente acho a separação sem sentido prático uma vez que o princípio ativo, a fé, é o mesmo.

  1. Qual a origem das rezas e benzimentos?

As rezas e benzimentos praticadas no Brasil são uma mistura de antigas tradições de Portugal, dos indígenas locais e dos negros. Mas se formos vasculhar a história, acharemos vestígios dessas práticas em sociedades bem antigas, que já usavam as mesmas plantas que os rezadores usavam, assim como também invocavam os poderes divinos para fins de cura. Considerando serem as tradições xamânicas as manifestações mais antigas de espiritualidade dos povos primitivos e que usavam rezas, plantas e outros elementos naturais para evocar energias do mundo espiritual para tratar males do corpo, da mente e do espírito, podemos dizer que os benzimentos possuem uma raíz muito antiga, se adaptando à realidade de cada sociedade no decorrer da história.

  1. Porque recorrer a benzimentos?


Estamos cercados o tempo todo por energias, sejam boas ou ruins e não podemos escapar à ação dessas energias. Um energia negativa pode afetar nosso bem estar emocional ou mental e chegar até mesmo a produzir efeitos físicos. Se você acredita na realidade espiritual, não pode negar que as energias dessa outra realidade podem nos influenciar negativamente. Portanto, precisamos de armas para nos defender de tais influencias negativas. E porque iríamos nos negar a ter acesso a um instrumento de defesa tão antigo que as forças superiores disponibilizam?

  1. Como um benzimento funciona?


Energias ruins afetam as pessoas, e isso é um fato. Elas nos afetam porque isso é a ordem natural no mundo em que vivemos, mas podemos superar isso nos apegando a energias boas. Um destes caminhos é a fé. Ao pedir com fé que a piedade divina aja sobre uma pessoa, você será ouvido. Vai depender não só da fé do rezador, mas a fé do paciente e o merecimento. Um problema de origem cármica, pelo qual a pessoa tem que necessariamente passar, não irá sumir com uma simples reza, mas a reza em si alivia o próprio carma, e portando sempre irá fazer bem.

  1. Como se tornar um rezador/benzedeiro?


É muito mais simples do que a grande maioria das pessoas pensa. Eu disse simples, e não fácil. O único elemento de que você precisa é de fé. Coloque a fé nas palavras que dirige para o alto e você estará realizando um benzimento. Você precisa acreditar no que está fazendo, confiar na providência divina. E não procure ver se os benzimentos foram efetivos, não se apegue a isso. Deus sabe quem deve ser ou não curado e devemos confiar em sua sapiência. Assim como o rezador usa o ramo, Deus usa o rezador para transmitir ao mundo a sua piedade infinita.

Em postagens futuras vamos alargar nosso conhecimento sobre benzimentos, falando de coisas como o papel dos ramos de diferentes plantas. Por fim, deixo abaixo um documentário disponível no Youtube sobre rezadeiras do Nordeste que se chama O RAMO. É um documentário muito bom que mostra a realidade de várias rezadeiras idosas e dá uma ideia muito boa de como é a prática e o estado de espírito necessário para se tornar um rezador. Muitas dessas rezadeiras levarão para o túmulo os seus conhecimentos por falta de interessados em aprender a arte. Não deixemos uma herança cultural, religiosa e mágica tão rica se perder.

O Ramo – Parte 1





O Ramo – Parte 2




Alho - Como usar em Defesa Mágica




Algumas pessoas, em especial aquelas que acham que a magia é uma coisa da velha Europa, encantam-se com a descrição de materiais mágicos que raramente encontramos por aqui. Pelos de animais, galhos de árvores e outros elementos de origem europeia. As vezes isso deve-se simplesmente a falta de estudo. E quando falo estudo não me refiro apenas a leitura. A magia está no nosso dia a dia, no conhecimento dos antigos, nas velhas rezas, velhos rituais e velhos costumes. Seja vindo de negros e índios ou de culturas dos homem branco, há conhecimentos dispersos e transmitidos de forma oral, como o caso dos benzimentos, que são genuinas manifestações da magia, muitas vezes ignoradas por aqueles candidatos a magistas deslumbrados com o que vem do estrangeiro.

Pensando nisso resolvi falar de alguns desses velhos conhecimentos, mostrando como a magia pode ser realizada com elementos do dia a dia, alguns que sempre estiveram ao alcance da mão. Hoje falaremos do alho.

O alho desde a antiguidade é visto como um gerador de proteção. Histórias sobre afastar vampiros são bastante populares. O alho é um ótimo absorvente de energias negativas, mas quais os reais efeitos do vegetal? Vou elencar aqueles que já testei.

  1. Para evitar o mau olhado de visitas sobre sua casa ou objetos pessoais, mantenha um pequeno arranjo de uma taça de vidro de sal grosso com alhos dentro, se a taça for grande o suficiente, coloque toda uma cabeça de alho.

  2. Se deseja prevenir a penetração de energias negativas em uma casa ou ambiente, espete um dente de alho em cada porta ou entrada (janela, buraco) do local. O alho pode ser espetado em um prego sem ponta ou um alfinete, de preferência o que tiver força para penetrar numa parede ou porta e ficar pregado.
  3. Para verificar se há energias de magia negra direcionadas a você, pegue alguns dentes de alho e coloque em um local com alta concentração de sua energia, (cama, gaveta de roupas íntimas), observe o estado do alho após absorver os resquícios de energias negativa presentes nesses locais. Furar o alho com um alfinete eleva a sua capacidade de absorção.

  4. Para proteger seu carro de energias ruins, coloque alguns dentes de alho em locais estratégicos: um no porta luvas. Um no porta malas e um em cada porta dianteira, ou apenas 3 no porta luvas.

  5. Se alguém colocou mau olhado em seu filho, faça com que essa pessoa aceite um dente de alho oferecido por você que ela perde a capacidade de jogar mau olhado no seu filho. Serve para quando o alvo do mau olhado é você também, isso é indicado para casos de mau olhado reincidente, quando uma pessoa sempre que lhe visita deixa seu bebê doente, por exemplo. Dê o alho de presente e se livre disso.

  6. Ande com 3 dentes de alho no bolso ou na bolsa para proteção contra vampiros psíquicos e mau olhado de forma geral. Serve para mochilas também, andar com alho de qualquer forma sempre será benéfico.

  7. Faça um círculo de dentes de alho e coloque a fotografia ou nome completo com data de nascimento de uma pessoa dentro, irá ajudar a exorcizar energias negativas entranhadas na mesma, além de prevenir o acúmulo de novas energias negativas.
Por fim, não esqueçamos que o alho tem duplo efeito, ele suga energias negativas já fixadas em você (caráter exorcista) e previne que novas energias negativas te envolvam ou te suguem (caráter protetor), associando-se a abertura de caminhos e a boa sorte também.

Sei que existem bem mais práticas relacionadas ao alho, mas prefiro colocar apenas aquelas das quais tenho referências pessoais. Poderei aumentar essa lista posteriormente e os leitores são convidados a inserir nos comentários as práticas que conhecem utilizando essa excepcional planta.


25 de mai. de 2012

Que é a Magia?


A Magia, o próprio nome possui uma carga de sedução tão poderosa, que eu gosto de as vezes pronunciar apenas para ouvir o som que o mesmo provoca. Magia, para mim, é a arte de interagir e manipular as forças desconhecidas da natureza, interior e exterior ao homem, isso em sentido estrito. Em sentido amplo, e eu gosto desse sentido amplo, Magia é tudo que dá um “tapa na cara” da realidade instituida, ou seja, que mostra o que está sob o véu do que as pessoas acham que é real. Desse ponto de vista, a aparição de uma fada é magia, a criação de um servidor é magia, o acesso a um outro plano através da meditação é magia, até um milagre realizado por um religioso é magia.

Creio que a magia possua dois processos básicos, interno e externo. Em primeiro lugar, você precisa acreditar internamente na magia, desenvolver sua mente, seu ser, para entender e acessar as forças desconhecidas, para então interagir com elas. O poder de um “mago” se resume a dois fatores: talentoXestudo. Alguns nascem com pré disposição para a coisa, mas não estudam e nunca desenvolvem, outros nascem sem praticamente nenhuma inclinação, mas se interessam e vão longe.

O poder mágico então, se dá por uma conjugação de dois processos,  desenvolvimento interno e o acesso à energias externas (sem contar no acesso às energias internas também, algumas pessoas possuem energias internas super potentes e devem usá-las com bom planejamento para desenvolver ainda mais seu poder mágico).

Considerando a magia como possuidora de elementos exteriores ao indivíduo, podemos afirmar que ela pode ocorrer independente da vontade do indivíduo. A magia pode lhe atingir quando você menos esperar. Ela pode chamá-lo para desvendar seus mistérios. Ela pode envolver sua vida até você não ter escolha senão explorá-la. Ela esta  na natureza, independente de sua vontade. Esta na floresta, nas águas, no ar, na vida que pulsa por todas as partes. 

Esta nos deuses, em Deus. Acho essa Magia muito mais interessante, mais iluminadora e real que aquela que se resume a técnicas mentais para desenvolver a vontade individual. Por isso acho a maioria das ordens tão pobre de objetivos, não me empolgam, reduzem a magia à manipulação da vontade humana, dão uma supervalorização ao homens, considerando-o grande demais. Sou contra isso, acho que para crescer, o primeiro passo é reconhecer-se pequeno.